Dra. Isabella Franco

A cirurgia refrativa é o campo da oftalmologia que busca corrigir erros refrativos do olho, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, para reduzir a dependência de óculos ou lentes de contato. Assim, a cirurgia refrativa tem como objetivo a correção do grau.

Com óculos antes da cirurgia e sem os óculos depois da cirurgia
Com óculos antes da cirurgia e sem os óculos depois da cirurgia

Quem é o médico mais indicado para fazer a cirurgia refrativa?

É o médico oftalmologista especialista em cirurgia refrativa, como a Dra Isabella Franco Bastos.

A Dra Isabella Franco Bastos atende na Av. João Pinheiro, 1180 – Centro, em Uberlândia – MG, tefefone 34-99235-5808. Ela tem mais de 10 anos de experiência: fez Medicina Na Universidade Federal de Uberlândia, especializou-se em Oftalmologia através de residência médica no CEROF -Universidade Federal de Goiás. Além disso, fez subespecialização em catarata, córnea, lentes de contato e cirurgia refrativa no CEROF -Universidade Federal de Goiás.

Dra Isabella Franco Bastos, especialista em cirurgia refrativa
Dra Isabella Franco Bastos, especialista em cirurgia refrativa

Quais os erros refrativos corrigidos pela cirurgia refrativa?

Miopia

A luz é focada antes da retina, causando dificuldades para ver objetos distantes.

Hipermetropia

A luz é focada atrás da retina, causando dificuldades para ver objetos próximos.

Astigmatismo

Causado por uma córnea ou cristalino com curvatura irregular, o que faz com que a luz seja focada em vários pontos da retina, resultando em visão distorcida para todas as distâncias.

Presbiopia

Perda gradual da capacidade de focar os objetos próximos, devido o envelhecimento, com a perda de acomodação (elasticidade) do cristalino após os 40 anos de idade.

Imagem mostra a formação das imagens no olho normal (na retina), no olho míope (antes da retina), no olho hipermétrope (depois da retina) e no olho astigmata (em diferentes pontos da retina)
Imagem mostra a formação das imagens no olho normal (na retina), no olho míope (antes da retina), no olho hipermétrope (depois da retina) e no olho astigmata (em diferentes pontos da retina)
Imagem com simulação da visão normal, visão do míope (ruim para longe), visão do hipermétrope (ruim para perto), visão do astigmata (ruim para longe e para perto)
Simulação da visão normal, visão do míope (ruim para longe), visão do hipermétrope (ruim para perto), visão do astigmata (ruim para longe e para perto)

As principais técnicas de cirurgia refrativa

Existem várias técnicas de cirurgia refrativa para corrigir esses erros de refração, visando reduzir ou eliminar a necessidade de óculos ou lentes de contato. As principais são: 

1. LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusis ou ceratomileuse local assistida por laser)

Técnica: bastante utilizada

  • Um flap (lamela) da córnea é criado, geralmente com um microcerátomo ou laser femtosegundo.
  • O flap é levantado, e um laser excimer é utilizado para remodelar a córnea.
  • O flap é reposicionado sem necessidade de suturas.

Tempo de Recuperação:

  • Visão inicial melhora em 24-48 horas.
  • Recuperação completa em cerca de 1 a 3 meses.
Imagem mostra a cirurgia de LASIK, onde é criado um retalho na córnea superficial pelo laser de fentosegundo, posteriormente o laser excimer retira o grau (molda a córnea) e o retalho é reposicionado
Na cirurgia de LASIK, é criado um retalho na córnea superficial pelo laser de fentosegundo, posteriormente o laser excimer retira o grau (molda a córnea) e o retalho é reposicionado

Riscos:

  • Infecção.
  • Secura ocular temporária.
  • Halo ou glare noturno.
  • Flap descentrado ou deslocado.
  • Ectasia pós-refrativa

Indicações:

  • Miopia leve a moderada.
  • Hipermetropia leve.
  • Astigmatismo leve a moderado.
  • A córnea tem que ser bastante espessa para permitir uma cirurgia segura.

2. PRK (Photorefractive Keratectomy ou ceratectomia fotorrefrativa)

Técnica: Uma das mais utilizadas

  • O epitélio corneano é removido.
  • Um laser excimer remodela a superfície da córnea.
  • A superfície corneana é deixada exposta e se regenera ao longo de alguns dias.

Tempo de Recuperação:

  • Visão melhora em uma semana.
  • Recuperação completa em 1 a 3 meses.
Imagem da cirurgia de PRK: o epitélio da córnea (camada superficial) é retirado e posteriormente é realizado o excimer laser (que remodela a córnea)
Na cirurgia de PRK o epitélio da córnea (camada superficial) é retirado e posteriormente é realizado o excimer laser (que remodela a córnea)

Riscos:

  • Desconforto e dor nos primeiros dias.
  • Risco de haze (opacificação corneana) durante a cicatrização.
  • Tempo de recuperação mais longo comparado ao LASIK.

Indicações:

  • Miopia leve a moderada.
  • Hipermetropia leve.
  • Astigmatismo leve.
  • Pacientes com córnea fina ou com riscos para LASIK.

3. LASEK (Laser Epithelial Keratomileusis ou Ceratomileuse Epitelial a Laser)

Técnica: pouco utilizada

  • Similar ao PRK, mas o epitélio é preservado e recolocado após a ablação com laser.
  • Uso de álcool diluído para soltar o epitélio.

Tempo de Recuperação:

  • Semelhante ao PRK: alguns dias para melhora inicial da visão.
  • Recuperação completa em 1 a 3 meses.

Riscos:

  • Semelhantes ao PRK, com a adição de possível irritação pelo uso de álcool.

Indicações:

  • Similar ao PRK.
  • Pacientes com córnea fina.

4. SMILE (Small Incision Lenticule Extraction ou Extração de lentícula por pequena incisão)





Técnica:

  • Um laser femtosegundo cria uma lentícula dentro da córnea (tecido de córnea que será retirado).
  • Uma pequena incisão é feita na córnea.
  • A lentícula é extraída através da incisão.

Tempo de Recuperação:

  • Recuperação inicial da visão em poucos dias.
  • Recuperação completa em algumas semanas.
Imagem mostra da esquerda pra direita: PRK- excimer laser após a retirada do epitélio da córnea; LASIK- excimer laser após a criação de 1 retalho de córnea; SMILE- o laser de femtosegundo cria uma lentícula dentro da córnea de forma que a retirada desta lentícula já corrige o grau
Imagem mostra da esquerda pra direita: PRK- excimer laser após a retirada do epitélio da córnea; LASIK- excimer laser após a criação de 1 retalho de córnea; SMILE- o laser de femtosegundo cria uma lentícula dentro da córnea de forma que a retirada desta lentícula já corrige o grau

Riscos:

  • Risco de infecção.
  • Halo ou glare noturno.
  • Secura ocular temporária.
  • Ectasia pós- refrativa

Indicações:

  • Miopia moderada a alta e hipermetropia.
  • Astigmatismo leve a moderado.
  • Pacientes preferindo técnica sem flap.

5. Cirurgias com lente intraocular

Dra Isabella operando com microscópio
Dra Isabella operando com microscópio

5.1.Troca Refrativa da Lente Intraocular

Técnica:

Tempo de Recuperação:

  • Visão melhora em dias a semanas.
  • Recuperação completa em cerca de um mês.
Imagem de olho com lente intraocular multifocal (vários focos de visão)
Olho com lente intraocular multifocal (vários focos de visão)

Riscos:

  • Similar à cirurgia de catarata: infecção, deslocamento da lente, descolamento de retina.

Indicações:

  • Miopia e Hipermetropia altas.
  • Presbiopia (corrigida com lentes multifocais ou acomodativas).
  • Idade próxima de desenvolver catarata

5.2.Implante de Lente Intraocular Fácica de Câmara Posterior (ICL)

Técnica:

  • Uma lente é implantada no olho sem remover a lente natural (cristalino).
  • A lente é posicionada entre a íris e o cristalino (atrás da íris).

Tempo de Recuperação:

  • Recuperação inicial da visão em poucos dias.
  • Recuperação completa em algumas semanas.
Imagem de lente intraocular de câmara posterior ICL: colocada entre a íris e o cristalino
Lente intraocular de câmara posterior ICL: colocada entre a íris e o cristalino

Riscos:

  • Infecção.
  • Catarata precoce.
  • Aumento da pressão intraocular.
  • Glare ou halos noturnos.

Indicações:

  • Miopia moderada a alta.
  • Pacientes com córneas finas ou anormalidades corneanas.

5.3. Implante de Lente Intraocular Fácica de Câmara Anterior (Artisan/Artiflex)

Técnica:

  • Incisão: Uma incisão é feita na córnea.
  • Inserção da Lente: A lente intraocular fácica é inserida na câmara anterior do olho, localizada entre a córnea e a íris.
  • Fixação: A lente é posicionada e fixada na íris de forma que fique na câmara anterior sem tocar a córnea ou o cristalino.

Tempo de Recuperação:

  • Visão Inicial: Melhora nas primeiras 24-48 horas.
  • Recuperação Completa: Algumas semanas a um mês.
imagem de olho com lente fácica (esta implantada na câmara anterior e o paciente mantém seu cristalino)
Olho com lente fácica (esta implantada na câmara anterior e o paciente mantém seu cristalino)

Riscos:

  • Pressão Intraocular Elevada: Pode causar glaucoma.
  • Perda de Células Endoteliais: Danos às células endoteliais da córnea.
  • Infecção: Risco de endoftalmite.
  • Inflamação: Uveíte ou irite.
  • Halo ou Glare: Distúrbios visuais noturnos.

Indicações:

  • Miopia Alta: Quando a LASIK ou PRK não são adequadas.
  • Hipermetropia Alta: Correção de altos graus refrativos.
  • Astigmatismo: Associado a miopia ou hipermetropia.
  • Pacientes com Córneas Finas: Alternativa quando a espessura corneana não é suficiente para outras técnicas.

Leia mais sobre lentes fácicas de câmara anterior.

6. Anel Corneano (Implante de Segmento de Anel Intracorneano)

Técnica:

  • Preparação: Anestesia tópica ou local.
  • Criação de Túnel: Um túnel corneano é criado na estroma, utilizando laser femtosegundo ou tunelizador manual.
  • Inserção do Anel: Segmentos de anel semicirculares de plástico (geralmente PMMA) são inseridos no túnel.
  • Ajuste: Os anéis são posicionados para corrigir a curvatura corneana na tentativa de redução do grau e melhora da qualidade de visão.
  • Finalização: Sem necessidade de suturas, a incisão se fecha naturalmente.
Imagem da esquerda mostra a técnica manual de criação do túnel do anel e colocação do mesmo e a imagem da direita mostra o laser de fentossegundo criando o túnel do anel (espessura e profundidade bastante precisas) onde vai ser inserido manualmente o anel
Imagem da esquerda mostra a técnica manual de criação do túnel do anel e colocação do mesmo e a imagem da direita mostra o laser de fentossegundo criando o túnel do anel (espessura e profundidade bastante precisas) onde vai ser inserido manualmente o anel

Tempo de Recuperação:

  • Visão Inicial: Melhora gradual ao longo de dias a semanas.
  • Recuperação Completa: Pode levar de 1 a 6 meses.
Imagem mostra os segmentos de anel implantados na córnea
Imagem mostra os segmentos de anel implantados na córnea

Riscos:

  • Infecção: Risco de ceratite.
  • Extrusão: Segmento pode ser expulso ou deslocado.
  • Desconforto: Sensação de corpo estranho.
  • Cicatrização Anormal: Pode levar a irregularidades na córnea.

Indicações:

  • Ceratocone: Para reduzir a protrusão da córnea e melhorar a acuidade visual.
  • Degeneração Marginal Pelúcida: Condição similar ao ceratocone.
  • Astigmatismo Irregular: Especialmente quando associado a condições ectásicas.

Leia mais sobre anel corneano.

O que é a técnica de báscula?

É uma técnica bastante utilizada em pessoas com presbiopia (após os 40 anos), que consiste em corrigir a visão do olho dominante (olho que o paciente tem preferência visual) para longe e a do outro olho para visão de perto, também dando independência dos óculos.

Pode ser utilizada qualquer técnica de cirurgia refrativa e o ideal é que se faça um teste com lentes de contato para avaliar se o paciente consegue se adaptar bem com a bácula após a cirurgia.

Cuidados pós operatórios da cirurgia de correção de grau

  1. Fazer repouso por 7 a 10 dias e não fazer nenhuma atividade em que precise se esforçar, como agachar, carregar peso, caminhar ou correr,etc.
  2. Não deitar sobre o olho operado;
  3. Não deixar cair água da torneira ou do chuveiro no olho operado;
  4. Não tomar banho de piscina ou rio até 15 dias após a cirurgia;
  5. Limpar o olho apenas com ampola de soro fisiológico descartável;
  6. Pingar os colírios de acordo com a receita da Dra Isabella;
  7. Comparecer nos retornos de avaliação pós operatória conforme orientado pela Dra;
  8. Seguir os passos acima para o melhor resultado cirúrgico possível!
Imagem de pessoa pingando corretamente os colírios prescritos: é fundamental para a recuperação pós-operatória adequada
Pingar corretamente os colírios prescritos é fundamental para a recuperação pós-operatória adequada

O grau pode voltar após a cirurgia?

É sempre importante o paciente saber que o objetivo da cirurgia refrativa é a independência dos óculos (fazer a maior parte das coisas cotidianas sem necessitar do uso dos óculos), mas não quer dizer que o grau será completamente zerado (na maioria das vezes acaba sendo).

E o grau que foi bastante reduzido ou zerado, pode voltar?

Raramente! Mas, infelizmente, pode sim voltar por mecanismos de cicatrização da córnea do próprio paciente, reposicionamento da lente intraocular com a cicatrização da cápsula do cristalino, dentre outras causas.

Imagem de mulher comparando a visão com e sem os óculos
Mulher comparando a visão com e sem os óculos

Se o grau voltar, posso operar de novo?

Você deve conversar com a Dra Isabella Franco Bastos para ver as melhores possibilidades de fazer a recorreção (Refazer a cirurgia? Fazer outro tipo de cirurgia refrativa? Fazer a limpeza da lente intraocular?) ou se em seu caso não há possibilidades seguras.

Considerações Finais

  • Avaliação Pré-operatória: Inclui exames detalhados de topografia e tomografia corneana, paquimetria (espessura da córnea), avaliação da saúde ocular geral e da quantidade e tipos de ametropia do paciente.
  • Conversa com o médico: Importância de saber os benefícios, limitações e possíveis complicações.
  • Melhor técnica: Deve ser individualizada com base nas características específicas do paciente e da condição ocular.

A seleção da técnica apropriada é crucial para o sucesso e segurança do procedimento.

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