Dra. Isabella Franco

Os colírios são medicamentos utilizados para tratar diversos problemas oculares, desde secura e alergias até inflamações e infecções. Embora pareçam inofensivos, seu uso inadequado, especialmente sem orientação médica, pode trazer sérios riscos à saúde dos seus olhos.

Homem pingando colírio
Homem pingando colírio

Quem é o médico apto a prescrever os Colírios?

Se você tiver desconforto nos olhos, vermelhidão, dor, coceira, sensação de areia, ou visão embaçada, a primeira atitude deve ser procurar um médico oftalmologista, como a Dra. Isabella Franco Bastos. Somente um profissional capacitado pode avaliar a real causa do problema e indicar o tratamento adequado, pois ele precisa examinar seus olhos no microscópio!

A Dra. Isabella Franco Bastos é médica oftalmologista especialista e atende na Av. João Pinheiro, 1180 – Centro, em Uberlândia – MG, telefone 34-99235-5808. Ela tem mais de 10 anos de experiência e fez Medicina Na Universidade Federal de Uberlândia, especializou-se em Oftalmologia através de residência médica no CEROF -Universidade Federal de Goiás. Além disso, fez subespecialização em catarata, córnea, lentes de contato e cirurgia refrativa no CEROF -Universidade Federal de Goiás.

Dra Isabella Franco Bastos, médica oftalmologista
Dra. Isabella Franco Bastos, médica oftalmologista

Por que nunca usar Colírios sem a prescrição de um oftalmologista?

As pessoas acreditam que Colírios vendidos sem receita são seguros e podem ser usados para qualquer desconforto ocular. Porém, cada colírio tem uma indicação certa, e o uso incorreto pode piorar o quadro ou mascarar problemas mais graves. São os principais riscos:

  • Mascarar sintomas da doença ocular:

Colírios com vasoconstritores, por exemplo, são amplamente vendidos nas farmácias para aliviar os olhos vermelhos. Eles reduzem a vermelhidão temporariamente ao contrair os vasos sanguíneos, mas não tratam a causa real do problema. Isso pode retardar e até dificultar o diagnóstico de condições sérias, como conjuntivites, úlceras de córnea ou até glaucoma.

Exemplos de colírios vasoconstritores
Exemplos de colírios vasoconstritores
  • Reações adversas ao medicamento:

Alguns Colírios contêm substâncias que podem causar alergias ou irritações se usados de forma errada. Em casos mais graves, podem ocorrer reações adversas que comprometem a saúde ocular.

  • Dependência do medicamento e efeito rebote:

Colírios com vasoconstritores podem criar um ciclo de uso excessivo chamado de efeito rebote: ao interromper o uso, a vermelhidão retorna ainda mais intensa, levando a pessoa à necessidade usar com mais frequência. Isso gera dependência e agrava o quadro de irritação ocular.

  • Infecções oculares:

O uso de Colírios antibióticos sem prescrição do oftalmologista pode resultar em resistência bacteriana. Se usados de forma inadequada ou para tratar um problema que não é de origem infecciosa, os colírios não resolverão o problema e ainda podem dificultar o tratamento adequado.

  • Graves complicações:

Colírios com corticoides, indicados para inflamações mais graves, exigem acompanhamento médico rigoroso. O uso prolongado sem controle pode levar ao aumento da pressão ocular, desencadeando glaucoma, catarata e danos irreversíveis à visão, além de piorar infecções por vírus, fungos e bactérias.

Infelizmente é muito comum o uso de colírios de corticóide (indicados por parentes, amigos ou pelo balconista da farmácia) de forma prolongada porque o mesmo traz falsa melhora e conforto, sem saber dos riscos associados.

Exemplos de colírios de corticóide
Exemplos de colírios de corticóide

Por que nunca parar de usar os Colírios prescritos como contínuos pelo oftalmologista?

  • Colírios para reduzir a pressão ocular e tratar glaucoma:

Estes Colírios são passados pelo oftalmologista pra evitar a piora do glaucoma, que é uma doença grave e que pode levar à cegueira. Você nunca deve suspender o uso por conta própria, mesmo que esteja tendo reações ao colírio como vermelhidão e ardência. É necessário conversar com seu oftalmologista para a troca do medicamento e maiores esclarecimentos.

Exemplos de colírios para reduzir a pressão ocular
Exemplos de colírios para reduzir a pressão ocular
  • Colírios lubrificantes para tratamento de olho seco:

Se o médico oftalmologista te prescreveu um determinado colírio lubrificante de uso contínuo, é porque viu a necessidade do uso do mesmo para melhorar a lubrificação ocular, reduzir o desconforto com o tempo seco e a sensação de queimação e ardência ocular. Trocar o nome do colírio que foi prescrito e a forma de pingar pode te trazer prejuízos como a piora dos sintomas ou não melhora do quadro de olho seco.

Colírios em geral tendem a ser caros e os balconistas da farmácia ou farmacêuticos tentam ajudar dizendo que outra marca é o mesmo colírio: Fique atento! Não compre sem confirmar com seu médico, pois existem colírios lubricantes sem conservantes e com conservantes, cada tipo com uma determinada indicação!

Exemplos de colírios lubrificantes
Exemplos de colírios lubrificantes
  • Colírios antialérgicos:

Se foi passado pra você um colírio antialérgico de uso contínuo é porque você tem alergia severa ou mesmo uma doença ocular que pode piorar com a alergia e o coçar dos olhos (como o ceratocone), por isso você não deve suspender o uso do mesmo por conta própria.

Exemplos de colírios antialérgicos
Exemplos de colírios antialérgicos

Por que devo saber o nome do colírio que estou usando?

Como Colírios são remédios, cada um tem uma composição medicamentosa e portanto um efeito e uma forma adequada de uso!

É de extrema importância que você saiba o nome dos colírios que você usa, pois somente assim o seu oftalmologista vai saber se deve manter o colírio, aumentar a dose ou trocar de medicamento de acordo com o resultado do tratamento!

É impossível identificar o colírio pela cor, formato ou tamanho do frasco, devido a imensa quantidade de medicamentos no mercado.

Mais algumas dicas para o uso seguro de colírios:

1. Sempre consulte um oftalmologista antes de usar qualquer colírio, principalmente se os seus sintomas forem recorrentes ou persistentes!

2. Nunca se automedique! O que deu certo para um conhecido pode não ser adequado para o seu problema.

3. Sempre confirme a validade e forma de conservação orientada na bula (alguns colírios devem ser mantidos na geladeira). Colírios contaminados ou fora da validade podem causar infecções graves!

4. Siga corretamente as instruções de uso do seu oftalmologista, respeitando a dose e o tempo de duração do tratamento com o colírio!

5. Não aceite que o farmacêutico ou balconista te venda outro nome de colírio sem ter certeza de que a composição é exatamente a mesma que foi prescrita pelo seu médico oftalmologista!

6. Nunca compartilhe colírios com outras pessoas (nem com o esposo/a), mesmo que os sintomas pareçam semelhantes, pois você pode contrair uma infecção grave devido à troca de germes!

Conclusão

O uso de Colírios sem orientação médica pode trazer mais riscos do que benefícios!

A automedicação pode encobrir sintomas, atrasar diagnósticos e até piorar doenças oculares. Para garantir sua saúde ocular, consulte sempre um oftalmologista antes de utilizar qualquer medicamento nos olhos. Somente um profissional especializado pode prescrever o tratamento adequado para seu caso, preservando sua visão a longo prazo.

Dra. Isabella Franco Bastos, médica oftalmologista
Dra. Isabella Franco Bastos, médica oftalmologista

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